Sabes, o olhar é interrogativo, mas não pergunta, não sabe
o que pensar sobre falar, sem intenção por não saber o que sempre soube, mas
nunca foi ensinado ou se quer citado, como felicidade exprimida em gotas e
esvaindo por fumaça.
Então o que querias perguntar sobre um vazio repleto de
gotas diluídas pelo ar, a variedade das verdades ou uma interrogação que
respondes, o ser em seu meio, amargo ou doce, palavras inventadas ou citadas
por quem nunca as leu, e ninguém as escreveu.
Mas o não dizer não questiona a interrogação do não saber,
e explica as verdades em plural contínuo, plural que viveu no singular das
variedades, como a primeira pessoa do passado, presente em um futuro copiado por
todos que andavam sem sair do lugar.
Interrogar a verdade das variadas mentiras legítimas,
perguntar respondendo as respostas que foram dadas com a interrogação
verdadeiramente correta, com isso aceitas a inutilidade de ser, formigas estão
em todos os momentos e lugares. Sabes, vivem sem nunca terem existido.
Eclésio Giovanni – Fragmentos tênues da
Alma
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